13 de setembro de 2010

Na "Moda do Esquadrão"



Ensinar o telespectador a entender o que vestir e, principalmente, o que ele não deve usar, essa é a idéia do programa comandado por Isabella Fiorentino e Arlindo Grund no SBT. Mas será que o programa segue realmente essa proposta? Tudo indica que não. Vemos pessoas entrarem se vestindo de acordo com a sua personalidade e saírem igual a um bonequinho.


Fora isso, temos mais detalhes para observar... Que roupas são aquelas que os apresentadores usam em alguns programas? Vi a Isabella usando um vestido com estampa de roupas de vovó, coisa que ela já havia repreendido em relação a uma participante.


Sem contar que não só os apresentadores, como também a maquiadora dá alguns toques de moda para as mulheres, o que me impressiona, pois ver alguém usar anéis de pedras diferentes e gritantes em todos os dedos da mão não é algo que podemos considerar como “moda”.


Fica aí a dúvida... Como pessoas que nem sempre seguem os padrões da moda podem exigir que as pessoas se vistam de acordo com ela? E se a forma como eles se vestem é moda, será que valeria a pena seguir tais padrões?


É aí que uso a célebre frase dita sabiamente por minha mãe: “há quem goste do olho e há quem goste da remela”, que se enquadra perfeitamente na forma como retrato o programa nesse texto. O que para Isabella e Arlindo é o “olho” para a participante pode ser a “remela”, e vice-versa.


A meu ver, moda é questão de gosto, e como diz o povo, gosto não se discute.


Por Taty Carvalho