13 de setembro de 2010

Na "Moda do Esquadrão"



Ensinar o telespectador a entender o que vestir e, principalmente, o que ele não deve usar, essa é a idéia do programa comandado por Isabella Fiorentino e Arlindo Grund no SBT. Mas será que o programa segue realmente essa proposta? Tudo indica que não. Vemos pessoas entrarem se vestindo de acordo com a sua personalidade e saírem igual a um bonequinho.


Fora isso, temos mais detalhes para observar... Que roupas são aquelas que os apresentadores usam em alguns programas? Vi a Isabella usando um vestido com estampa de roupas de vovó, coisa que ela já havia repreendido em relação a uma participante.


Sem contar que não só os apresentadores, como também a maquiadora dá alguns toques de moda para as mulheres, o que me impressiona, pois ver alguém usar anéis de pedras diferentes e gritantes em todos os dedos da mão não é algo que podemos considerar como “moda”.


Fica aí a dúvida... Como pessoas que nem sempre seguem os padrões da moda podem exigir que as pessoas se vistam de acordo com ela? E se a forma como eles se vestem é moda, será que valeria a pena seguir tais padrões?


É aí que uso a célebre frase dita sabiamente por minha mãe: “há quem goste do olho e há quem goste da remela”, que se enquadra perfeitamente na forma como retrato o programa nesse texto. O que para Isabella e Arlindo é o “olho” para a participante pode ser a “remela”, e vice-versa.


A meu ver, moda é questão de gosto, e como diz o povo, gosto não se discute.


Por Taty Carvalho

10 de setembro de 2010

Irmão caçula

Atire a primeira pedra quem nunca se desesperou quando sua mãe disse:

- Você vai ter um irmãozinho!
- Eu?
- É. Não é maravilhoso?

Ô! Alguém para dividir meu quarto. Meus brinquedos. Meus pais. Sem contar nos milhares de presentes que eu deixarei de ganhar graças a ele. Realmente, que maravilha.

Eu não estou sendo egoísta, mas convenhamos: quem é que vai levar toda a culpa por tudo o que acontecer a partir de agora? É você, meu querido irmão mais velho, afinal você é o responsável por você e pelo pestinha.

Tudo começa com aquele primeiro xixi na sua cara, depois a primeira mordida do primeiro dentinho que naturalmente será em você. E quando ele começa a andar. Fica seguindo seus passos e quer ir aonde você vai, se você não deixa, ele chora e sua mãe grita lá da cozinha:

- Não vai sair não. Se não Fernandinho vai chorar.

Essa é boa, agora você tem sua vida controlada por um moleque que só sabe babar, balbuciar e bagunçar, o seu quarto é claro.

O pior mesmo é quando chega o fim de semana, ele acorda antes do que todo mundo e não sossega até você acordar também, aí fica no pé da sua porta lhe chamando pelo nome, até sua mãe abrir a porta.

Então ele se dirige para sua cama, olha bem para o seu rosto adormecido, mete a mão na sua cara, e não é qualquer mãozinha não, é “A Tapa”, ninguém faz igual. Você acorda atordoado, ele sai correndo, você sai correndo atrás dele, a peste se esconde atrás da mãe e ela, é obvio te ameaça.

O que te resta é ir escovar os dentes, olhar para o espelho e ver no seu rosto a marca dos cinco dedinhos em altíssima definição.

Nada que você não possa se vingar mais tarde, quando vocês dois estiverem a sós assistindo televisão.

Por Hévilla Wanderley

7 de setembro de 2010

Quinze anos atrás...



Sábado passado completaram-se 15 anos desde a primeira exibição do seriado Xena: A Princesa Guerreira. Eu teria postado algo nesse dia, mas realmente só fui me lembrar da possibilidade ontem à noite. Então, pra não deixar passar uma data importante para mim, apesar de eu ter certeza que esse post vai causar um levante de dúvidas sobre a minha sanidade e eu terei que ouvir milhões de piadinhas, eu vou escrever hoje mesmo. Isso é um post nostálgico. Qualquer um com mais de 17 anos se lembra do seriado exibido pelo SBT entre 1996 e 1999 e mesmo que não acompanhasse já viu algum episódio ou ouviu falar em algum momento.

Me absterei aqui de apresentações, pois acredito não ser necessário. Quando a emissora do Tio Silvio começou a passar a série, eu tinha seis anos. Xena foi a primeira heroína da minha infância e, aos seis anos, eu queria ser igual a ela. Entrei nas aulas de karatê (pode rir agora). Aliás, é mérito da serie não se levar a sério. Apesar das últimas temporadas terem ganhado episódios com um tom mais sério, a brincadeira sempre foi a base de tudo. Xena tinha, drama, ação, romance, história e principalmente comédia, e misturava tudo com a destreza que possui aquele que é capaz de rir de sí mesmo. É aí que a série poderia ter sido um fracasso. Mas felizmente não foi assim, graças à dupla de protagonistas.

Não consigo imaginar ninguém que não Lucy Lawless na pele de Xena, bruta, engraçada, muitas vezes boba e outras tantas sentimental. Ela consegue equilibrar tudo na dose certa e se não fosse assim a série com certeza não se sustentaria. Reneé O’Connor no papel de Gabrielle, fiel escudeira de Xena (sim, aquela loirinha irritante que não cala a boca e anda com um cajado), consegue manter o mesmo equibrio e as duas têm uma química enorme. Apesar de ter ótimos coadjuvantes (o atrapalhado Joxer e o inesquecível Ares, deus da guerra), o seriado não se sustentaria, não fosse a química de sua dupla principal, assim como talvez sua memória não durasse tanto sem o carinho e a atenção de Lucy e Reneé, que fazem questão de manter contato com os fãs e aparecer em convenções de Xena e performar cenas clássicas dos episódios.

Xena fez parte não só da minha, mas da infância de muita gente, e se engana quem pensa que adultos não assisitiam. Hoje, nove anos após o fim do seriado, que terminou em 2001 em sua sexta temporada, ainda existe uma sólida base de fãs no mundo inteiro e vários países ainda reprisam os episódios. É figurinha comum em qualquer lista de melhores seriados e teve grande importância na consolidação do papel da heroína na tv. Muitos figurões dos bastidores da tv americana atual saíram de Xena e muitos outros são fãs declarados do seriado, que influênciou (e influencia) vários outros.

No fim das contas, eu só queria deixar registrado o meu agradecimento à todo mundo que ajudou a trazer Xena à vida. Por mais boba e piegas que a série possa ser muitas vezes, a importância que ela teve e tem na minha vida é grande. Não é qualquer série que sobrevive 15 anos na memória e no coração das pessoas. Quinze anos e suas reprises ainda são a maior audiência da Record. Infelizmente, as duas últimas temporadas nunca viram a luz do dia na tv aberta, embora tenham sido compradas pela rede do Bispo, que não as veicula muito provavelmente por conta do forte subtexto gay e das referências religiosas. Mesmo assim, continuem passando as reprises, nós continuaremos assistindo. Obrigada.

Por Kill

4 de setembro de 2010

A cor da sua camisa

Eram o casal perfeito, tinham uma ótima sintonia, respeito, cumplicidade, um bebê que acabava de nascer e junto com ele uma depressão pós-parto.
Clara tornou-se obscura, mudou de maneira rápida e insuportavelmente ácida.
Desenvolveu uma forte depressão, um ciúme doentio pelo marido e repulsa inimaginável à criança. A terapia e os remédios não faziam mais efeito, e ela abusava das drogas
As coisas já não eram como antes, Davi não sentia mais a mesma coisa por Clara, estavam sempre discutindo e se maltratando. Estava impossível continuar, não mais somavam.
Davi não suportava mais a barra e resolveu colocar um ponto final na história. Chamou-a para uma conversa, falaram um para o outro coisas que não deveriam ser ditas. Estavam exaustos, nervosos e Clara chorava bastante.
Ela foi ao quarto e voltou com um objeto escondido, a criança dormia tranquilamente e ele se levanta para sair.

- Davi, a cor da sua camisa.
- O que tem a cor da minha camisa?
- Vou tingir...
- Do que você esta falando?

Logo depois ouviram-se mais dois tiros.

Por Deyse Plácido

22 de agosto de 2010

Ensandecidamente Isabely

Isabely e seu marido eram separados, mas aquele homem violento ainda insistia em tê-la, e sempre tentava agredi-la.

Um certo dia, Isabely conversava com suas amigas na rua, quando João, seu ex-marido, apareceu. Embriagado, dominado pelo desejo, ciúmes e ódio, ele tenta mais uma vez um possível retorno do relacionamento e assim conseguir realizar o seu intento: o puro e simples sexo, sem amor, compaixão ou sentimento.

Entretanto, Isabely não tem o menor interesse em reatar, por conhecer a índole do ex-marido e simplesmente o esnoba. Inconformado, João começa a xingá-la dos piores nomes que alguém pode imaginar, ali mesmo, na rua, na frente de todos, um espetáculo a céu aberto.

Não bastasse isso, ele passa a agredi-la fisicamente, puxar-lhe os cabelos, chutes e socos. Ela tenta incessantemente se defender e luta com ele, quando se agarra em seu pescoço, na tentativa de morde-lhe o pescoço e arrancar-lhe o pedaço. Nesse momento, bate uma mistura de desgosto e raiva imensa. Isabely não tinha dentes, não podia mordê-lo, não ia arrancar o pedaço do pescoço e ia continuar apanhando. Apenas ouve-se uma risada de João.

Mas ele não contava com a ironia do destino. Havia um tijolo ao lado, e Isabely percebeu. Sem perder tempo, tacou-o no meio dos dentes de João.

- Ri agora, gritava Isabely

Ao jorrar o sangue, as pessoas em volta tiraram Isabely de cima do homem banhado de sangue, e este imediatamente desatou a correr, jurando vingança.

Por Deyse Plácido

15 de agosto de 2010

CMCCCC

O que Dona Marieta mais gostava de fazer era falar e seu assunto favorito era a filha Marcelinha.
– Loira, alta, magra, tem um narizinho levemente arrebitado, perfeita. – dizia ela para a sua vizinha. – Perfeita para ser modelo. Eu sempre sonhei em ser modelo. – confessava. – Mas não pude, não cresci muito como a senhora pode ver, mas Marcelinha puxou ao pai e cresceu muito, mal fez quinze anos e já está com seus um e setenta, e bonita como é... Não vejo a hora de vê-la na passarela.
Marcelinha realmente era muito bonita, mas não queria saber de ser modelo, não era o que sonhava para si. “Por que a mãe era assim?” Era o que sempre se perguntava. Não gostava da maneira como a mãe queria impor o seu sonho antigo de adolescente sobre ela. O que ela queria era outra coisa...
– Casar?
– É casar.
– Com quem?
– Como o Otávio Augusto.
– Mas vocês mal completou quinze anos.
– Eu não vou me casar agora. Vou esperar completar dezoito e então caso!
– Mas minha filha, você é tão bonita tem tudo pra ser uma modelo de sucesso, até nome de modelo você tem, Marcelinha Montez, você não pode fazer isso, não pode se casar.
Mas Marcelinha não ouviu a mãe e se casou, não com o Otávio Augusto, ele já era passado, casou-se com o Luiz Otávio e teve uma filha: Maria Clara, tão bela quanto ela, principalmente depois que cresceu. Arrancava suspiro de todos os garotos da escola e quando entrou na faculdade arrancou suspiros por lá também.
– Então filha. – Falava Dona Marcelinha. – Quando pensa em se casar?
– Casar eu?
– É, ainda não nos trouxe nenhum namoradinho aqui, aquele rapaz, o Flávio, bonito ele, por que você não o convida para jantar?
– Não acho uma boa idéia.
– Por quê?
– Porque não, além do mais eu não pretendo casar.
– Como assim não pretende casar? Que moça de família não quer casar?
– Eu. E muitas outras que fazem parte da CMCCCC.
– CM o que?
– CCCC.
– E o que significa isso?
– Clube das Mulheres Contra o Casamento e o Consumo de Carne. Nós não somos apenas contra qualquer tipo de matança indevida e defensora dos animais, mas também contra o casamento, essa forma falida do homem tentar inibir e apequenar a mulher. Homens nunca mais. Não precisamos deles, tudo o que eles podem fazer, faremos melhor, tudo o que eles pensarem em criar, criaremos melhor e tudo o que eles...
– Mas, mas... E netos, você me prometeu netos não se lembra?
– Claro mamãe. A CMCCCC permite que tenhamos produções independentes.
– Produções o que?
– Independentes. Podemos ter nossas próprias filhas sem nenhum problema e sem precisarmos casar, não é ótimo?
A mãe não sabia o que dizer, nunca ouvira tamanho absurdo, uma mulher que não quisesse casar. E ainda por cima queria ter um filho sozinha, o que os vizinhos não iriam falar? Era o fim, era o fim.
– A culpa é sua Luiz Otávio. – Dizia ao marido. – Você que não deixou quando a mamãe quis colocá-la naquela agencia de modelos. Ela é loira, alta, magra, tem um narizinho levemente arrebitado, perfeita. Até nome de modelo ela tem, Maria Clara, era só colocar o sobrenome do marido e o sucesso era garantido.

Por: Hévilla Wanderley

14 de agosto de 2010

Tele inconveniente

- Alô?
- Eu gostaria de falar com a senhora Mariana, por favor.
- É ela, quem deseja?
- Senhora Mariana, aqui quem fala é Faraó, e eu sou da loja Vista Bem.
- Ah, e eu sou a Cleópatra!
- Como senhora?
- Não, nada não. Prossiga.
- Como eu ia dizendo, meu nome é Faraó e sou da loja Vista Bem.
- Hehehe, seu nome é Faraó mesmo?
- É sim senhora.
- Hum...
- Então, a senhora já deve ter recebido algum informativo sobre o novo pacote de vantagens da loja Vista Bem, correto?
- Não.
- A senhora não recebeu nenhuma correspondência da loja Vista Bem, sobre o pacote de vantagens?
- Não.
- Então eu vou te passar os detalhes.
- Olha, você pode me ligar em outro horário? Agora, nesse exato momento eu estou jantando.
- Mas senhora, eu serei breve, não vou demorar.
- Então tá ok. Seja breve.
- Então como eu ia falando, a loja Vista Bem está com um super pacote de vantagens. A senhora terá direito a socorro mecânico e elétrico para o seu carro, no local após acidente ou pane; chaveiro, caso perca, ou quebre as chaves; encanador; e eletricista.
- É um tipo de seguro né...
- Não senhora, é um pacote de vantagens.
- Que funciona com seguro!
- Não senhora, é um pacote de vantagens que funciona como tal.
- Ah tá, kkkkkk. Olha só, seu pacote de vantagens é muito bom, mas eu não estou interessada.
- Mas senhora, se o pacote é muito bom, então porque não fica?
- Porque não me interessa.
- Senhora, é um investimento, pacote como este a senhora não conseguirá com nenhuma outra loja.
- Ok, mas eu realmente não estou interessada.
- Porque não, senhora??
- Quanto custa?
- Estamos com um valor promocional especial, onde a senhora irá investir a quantia simbólica de 49,90 por mês.
- Quantia simbólica??? Olha, eu realmente não estou interessada. Nem carro eu tenho.
- Mas senhora, esse pacote não é só pra quem tem carro. E a senhora também nunca terá um carro?
- Não sei cara, mas no momento eu não tenho, portanto, não quero seu seguro.
- Senhora, não é seguro, é um pacote de vantagens.
- Que seja, mas eu não quero.
- Mas, senhora, na sua casa não tem energia elétrica? A senhora pode precisar de um eletricista. Ou de um encanador, caso haja algum problema com os canos. E isso custa muito caro. Mas, se a senhora tem o nosso pacote de vantagens isso fica de graça!
- Isso é uma praga?
- Não senhora, mas pode ser.
- Agora é que eu não quero mesmo! Você liga na hora da minha refeição, e ainda fica enchendo o saco rapaz! Paciência, meu senhor!!
- Senhora, a senhora não vai querer o nosso pacote?
- Não, não quero!
- Mas senhora, só me diga o motivo?
- O motivo é que eu não quero, simples.
- Nem pra me ajudar?
- Nem pra lhe ajudar, você é muito chato.
- Eu sou chato, senhora? A senhora não quer ficar com um super pacote de vantagens e eu sou o chato?
- KKKKKKKKK isso é trote? Pegadinha do Mução?
- Senhora, eu estou no meu horário de trabalho.
- E eu no meu horário de jantar. Vamos fazer o seguinte, senhor Faraó, você vai oferecer seu super pacote a outra pessoa e eu te desejo toda sorte do mundo. Ok assim?
- A senhora realmente não vai aderir ao pacote de vantagens da loja Vista Bem?
- Não
- Tem certeza?
- Absoluta
- Mas porque senhora?!
- Caralho!
- A senhora sabe que pode se arrepender muito dessa decisão?
- Não sei não.
- Pois vai se arrepender!
- Ah vai vender seus seguros pras esfinges, pirâmides e afins meu filho, talvez você tenha mais sucesso.
- Não é seguro, é pacote de vantagens.
- Sacanagem... Passar bem!

Por Deyse Plácido

11 de julho de 2010

"Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus"

“Garotas entram em modo de ataque quando me veem”, diz Rômulo Arantes Neto


Foto: Divulgação


Rômulo Arantes Neto realizou um ensaio fotográfico para lá de sensual para uma revista internacional e foi clicado pelo badalado fotógrafo Mario Testino


Foto: Divulgação


Durante a sessão Rômulo mostrou parte de seu bumbum, foi chamado de “O Garoto do Brasil” e disse que as mulheres enlouquecem por sua causa. “As garotas entram em modo de ataque quando me veem. Elas puxam meu cabelo, tentam arrancar minha calça", disse. Convencido?


Fonte: Famosidades


O ator faz ensaio fotográfico para revista internacional e é chamado de “O Garoto do Brasil”. Há algum problema nisso? Não, nenhum. Não, até o momento em que ele diz: “As garotas entram em ataque quando me vêem” Ora, por favor, mas o que é isso?! Poxa! É triste mesmo. Na verdade é lastimável. Por que não esperar que as pessoas digam que você é isso ou aquilo? Só pode estar com um rei na barriga!


E outra, se as garotas gostam, não são as únicas, pois o que esqueceu de complementar é que com certeza o público “G” também deve ir à loucura. É. Claro que sim! Basta dar uma olhadinha em seu ensaio fotográfico, que exibe um ar bem, como posso dizer? Colorido! Se era para falar ou se gabar, então que falasse de todos os públicos. Que desconsideração com o público masculino, ein?!


Por Ysabelly Morais (@YsabellyMorais)

27 de junho de 2010

Dia de Futebol

O casal de namorados sentados no sofá, ela com cara de poucos amigos, ele com uma cara despreocupada que só homem sabe fazer, na televisão ligada, passava um jogo de futebol. Placar de um a zero.

- Não foi falta, não foi não. Esse juiz filho da mãe não vê um palmo a frente do nariz.
- Calma amor!
- Calma o quê? E ainda por cima dá cartão amarelo, ele deveria ter dado pro que se jogou. Agora isso, e se sai o gol?
- Você comemora, oras.
- Comemorar gol do outro time? Tá pensando o que, hein? Não vai ser gol não, o Marcão vai agarrar. Vamu Marcão, só tem você.

E o Marcão agarra, de longe dá para ouvir os gritos vindos daquela sala.

- Pênalti. Pênalti. – Voltam os gritos. – Esse juiz por acaso é cego? Foi claríssimo, olha o replay, olha. – Fala apontando. – Esse juiz só pode tá apitando outro jogo. Só pode!
- Mas por que foi pênalti?
- Porque o zagueiro do outro time derrubou o Diego na pequena área, não tá vendo?
- O Diego é o de vermelho?
- NÃO! O de verde, VERDE.
- Não precisa gritar. – Fala com certo mau humor. – Só fiz uma pergunta.
- Desculpe, é que nunca consigo me controlar nesses momentos, você sabe?
- Sei, sei. – Então teve uma idéia. – E se fôssemos jantar?
- Depois do jogo?
- Não! Agora.
- Agora? Mas agora eu tô vendo o jogo e tá ficando emocionante, a gente quase empatou naquele lance. E eu não saio da frente desta TV nem para tirar o pai da forca.

Calados os dois, ouve-se apenas o som da televisão. “Lateral batida diretamente para a área, Kleber tira com a cabeça, mas antes de ligar o contra-ataque, Léo Silva chuta a bola para lateral”.

- Vai ser sempre assim, não é?
- Assim como?
- Você me trocando por esse monte de homens suados.
- Você tá com ciúmes dos jogadores do meu time?
- Não é ciúmes, é... – Mas não conseguiu responder.
- É o quê?
- É sempre a mesma coisa. No domingo, quando eu quero sair, ir ao cinema, ao teatro, você diz que não, que tem jogo decisivo e não pode ir.
- Mas meu bem, nós não combinamos que cada um teria o seu espaço? Você inclusive adorou a idéia, disse que não queria ninguém pegando no seu pé.
- Eu sei. Mas o futebol não é mais o seu espaço e sim a sua prioridade.
- Isso não é verdade. Ah , o que é isso? Outro gol, dois a zero. Tá vendo o que você fez?
- Eu?
- É. Fica tentando discutir a relação na hora do jogo, claro que isso não pode acabar bem.
- Você está dizendo que se o seu time perder a culpa é minha?
- Sim. Se você não ficasse falando no meu ouvido essa historia de você gosta mais do seu time do que de mim e...
- Espera aí! Eu não falei que você gostava mais do seu time do que de mim.
- Não?
- Não.
- Mas você fica falando enquanto o meu time está perdendo, aí eu entendo tudo errado.
- Você não entendeu nada errado, só falou o que sentia. Sabe de uma coisa, Maria Eduarda, eu sou mesmo um otário, ficar aqui ao seu lado tentando entender esse jogo idiota enquanto você não me dá a mínima. Eu vou para minha casa ler Goethe, está me ouvindo?
- Goooooooooooooool! – Gritava ela. – Oi? O quê? Falou alguma coisa Vini? Vini, para onde você vai? Vini?

Por Hévilla Wanderley

24 de junho de 2010

O que precisam para ser felizes?

Foto: Reprodução

Desde cedo aprende a bordar, cozinhar e limpar. Claro, tudo faz parte de uma educação voltada única e exclusivamente para sua própria felicidade. Não podemos nos esquecer de toda preocupação dedicada aos cuidados com a beleza física e comportamental, devendo sempre exalar doçura e suavidade. É, até porque, caso todas essas exigências não sejam cumpridas à risca, a felicidade tão sonhada e desejada acabará por ser uma frustração. Fundamento tal afirmativa. Se não fazem “cama, mesa e banho”, não se envaidecem para atrair atenção alheia, não exibem doçura, sutileza no andar, falar, e em tudo quanto fazem, os seus pretendentes podem não achá-las mulheres à sua altura. Logo, lá se vai a oportunidade de ser feliz, pois toda educação que elas recebem é para que, no futuro, possam encontrar um bom partido, rico, diga-se de passagem. É, estou falando dos contos de fadas, não perceberam ainda?

A Branca de Neve só pode ser “feliz para sempre” ao encontrar seu príncipe encantado. Já com a Cinderela, aconteceu diferente... Quer dizer, não! Ela também só pode ser feliz ao lado de um príncipe. Vale salientar que se a mesma não fosse prendada, jamais o teria conseguido. Sabe, é por isso que gosto da Mulan. Tudo bem que ela, para variar, só foi feliz ao lado do...? PRÍNCIPE!!! Porém, o conto não deixou tão forte a mensagem de que somente um homem pode trazer a felicidade feminina, afinal, ela mostrou que conseguia muita coisa mesmo na condição de menina (não esperou o príncipe chegar), o que não é muito aceito por alguns fulanos, crentes que apenas a presença masculina lhes dá uma boa vida.

Tá ok que, de fato, o ser humano, seja homem ou mulher, necessita de companhia, mas chega dessa de “menina prendada para conseguir um bom partido que lhes dê uma vida digna e cheia de conforto”. Nós mulheres podemos conseguir o castelo e depois o príncipe, ao invés de tê-lo como único meio de chegar ao castelo. Ai, ai...! Essa dependência remete à mulher vitoriana; não tinha vez nem voz, apenas tinha de sucumbir aos desejos masculinos, devendo estar sempre a postos quando requisitada. Mas isso já é assunto para uma próxima postagem...

Por Ysabelly Morais

21 de junho de 2010

Homem não presta

– Você me ama? – Perguntou ela.
– Amo. – Respondeu ele. Os dois estavam deitados na areia da praia olhando as estrelas, idéia dela. “Era romântico!”
– Muito?
– Muito.
– Quanto?
– Como assim quanto?
– É, quanto, tipo o seu amor por mim é maior que o universo, essas coisas...
– Mas ninguém sabe o tamanho do universo, gatinha.
– Por isso mesmo.
– E se o universo não tiver fim?
– Está dizendo o quê? – Disse ela se sentando. – Que o seu amor por mim tem fim?
– Não, claro que não. Meu amor por você é maior do que o universo, seja o universo do tamanho que for. – Disse por fim, o que a fez deitar novamente. – Mesmo com as suas complexidades.
– Como assim complexidades? – Disse ela se sentando novamente para encará-lo. – O que você quer dizer com isso, que eu não sou normal?
– Não, não. Que estar com você é algo especial, eu faço descobertas todos os dias, você é mais surpreendente do que eu pensei.
– Jura? – Disse ela se acalmando e voltando a se deitar.
– Juro, você é tudo o que eu sempre sonhei, uma mulher completa, com seus defeitos e qualidades.
– Que defeitos?
– Como assim defeitos?
– Defeitos, você disse que eu tinha defeitos. – Falou e se sentou mais uma vez.
– Pois é, tinha, não tem mais.
– Você está mentindo pra mim. – Falou ela, chorosa.
– Não estou mentindo, estou lhe poupando de certas verdades que você não aceita muito bem, e sabe por que faço isso? Porque te amo. Porque se eu não te amasse, não ia agüentar esses seus chiliques o tempo todo, a sua desconfiança e os seus ciúmes, a sua falta de modos à mesa, o seu mau gosto para me dar presentes, a sua mãe, aquele seu tio que só sabe contar piada de papagaio, a comida da sua avó...
– Seu cretino, seu safado... Eu não quero te ver nunca mais na sua vida!
– Na minha. Além de tudo ainda é burra.
– O quê?
– Nada.
– Eu sabia, eu sabia, minha mãe sempre disse que homem não vale nada, nem um tostão furado. Eu vou embora.

Ela se levantou e se foi. Ele ficou ali deitado por algum tempo e, só depois que foi assaltado, resolveu ir embora.

Por Hévilla Wanderley

14 de junho de 2010

Para terminar bem o dia

Foto: Reuters
Jogadores da Argélia comemoram o único gol da partida contra a Eslovênia

A manhã deste domingo começou com uma fraca apresentação entre Argélia e Eslovênia. A vitória de 1 a 0 dos eslovenos garantiu-lhes a liderança do grupo. É difícil dizer se deu zebra, pois a Eslovênia lidera o grupo C, que ainda traz Inglaterra e Estados Unidos, empatados com um ponto, ou se deu frango. Aos 33 minutos do segundo tempo, Koren chutou contra as traves do goleiro Chaouchi, que engoliu o segundo frango da competição, e fez o gol da partida.

O jogo não teve muita emoção. Destaque para a “dancinha” de comemoração dos eslovenos após o gol. Nada que chegue aos pés dos “Dançarinos da Vila”, mas deu para ver que foi muito bem ensaiada. Mais interessante do que a partida, foi a presença do francês, filho de argelinos, Zinedine Zidane.

A partida entre Sérvia e Gana não foi tão diferente da primeira, mesmo ambas as seleções tendo alguns jogadores que são relativamente melhores. No caso da Servia, Vidic, Ivanovic, Krasic e Stankovic. E do lado de Gana, o meia Asamoah. A tática prevaleceu e o jogo ficou parado no meio de campo.

Para não dizer que o jogo foi monótono até o fim, teve uma expulsão do zagueiro Lukovic, que até fazia boa partida. E para piorar a situação Kuzmanovic colocou a mão na bola dentro da área aos 37 minutos do segundo tempo. Pênalti. Asamoah bateu firme e abriu o placar para Gana. Ele ainda teve tempo de bater uma bola na trave no último minuto, mas o jogo terminou assim mesmo, 1 a 0 para Gana, que foi a única seleção africana a ganhar seu jogo na Copa até agora.

Pelo fim do pragmatismo, da tática e da falta de talento, a Alemanha entrou em campo no fim do dia para aplicar a primeira goleada do Mundial. Tudo bem que o adversário era a fraquíssima Austrália, mas isto não minimizou o resultado, nem a beleza da partida.

A seleção alemã começou a partida um pouco nervosa, deixou a Austrália trocar alguns passes, e esta quase abriu o placar aos 4 minutos com Cahill, ele desviou de cabeça, mas Lahm cortou. Garcia ainda tentou completar, mas fora só um susto para a Alemanha. Que depois de recuperada começou a trocar passes rápidos e precisos e aos 8 minutos abriu o placar com Lucas Podolski. Não foi um gol qualquer foi o mais bonito, Özil tocou para Müller, que tocou para a entrada da área, onde estava Podolski e com um belo chute de esquerda mandou a bola para o fundo das redes.

O segundo gol foi de Klose, ele já tinha perdido em várias situações de gol, mas depois de um cruzamento certeiro de Philipp Lahm, ele desviou para o gol, aproveitando a péssima saída do goleiro Schwarzer da Austrália. Após uma péssima temporada pelo Bayern de Munique, na qual só marcou dois gols, Klose chega com grandes expectativas de chegar à marca de Ronaldo Fenômeno em copas. O atacante brasileiro tem 15 gols em mundiais, já Klose chegou a 11 no jogo desta tarde, e só precisa de mais quatro.

A Alemanha jogou com qualidade técnica, criatividade e posse de bola, até parecia a seleção brasileira em outros tempos. Mas no segundo tempo, a Austrália estava disposta a não deixar tudo tão barato, adiantou a marcação e conseguiu um pouco mais o domínio, mas foi só Cahil ser expulso que a Alemanha mostrou de novo quem mandava.

Aos 23 minutos Müller fez um belo gol, depois de avançar por toda a marcação. Cacau, brasileiro naturalizado alemão, fechou a goleada aos 25. Finalmente um jogo de Copa do Mundo, como deve ser, com bom toque de bola, muitos gols e uma equipe de tradição vencendo bem.

Por Hévilla Wanderley

12 de junho de 2010

O Pastor

Sabe aqueles dias em que nada dá certo? Todo mundo já passou por isso.
Roberta perdeu o emprego numa semana e na outra descobriu que o namorado enfeitava sua cabeça. Vida difícil, sem emprego e sem namorado ainda tinha que voltar para casa de ônibus. E quem anda de ônibus sabe que as piores experiências de nossa vida, passam naquele enlatado.
Sentada na janela olhando a cidade passar com a velocidade do ônibus, Roberta pensava na vida, distraída com os seus problemas, nem viu quando um homem de terno e gravata se sentou ao seu lado, só reparou mesmo quando ele começou a falar.

– Porque Jesus disse: “Tudo passará, mas a minha palavra será sempre firme como uma rocha”. O fim dos dias está chegando, as evidencias estão aí e ninguém pode negar. Irmãos e irmãs vejam o que está diante de seus olhos. As guerras, a fome, as pestilências...

Era só o que faltava, o dia não estava ruim o suficiente para acabar daquela maneira, tudo o que ela mais queria era chegar em casa, tomar uma ducha e ir dormir, não sentia fome, mas uma raiva súbita do pastor começava a crescer dentro dela.

– Terremotos, descomedido amor ao dinheiro, amor aos prazeres da carne, sem contar que ninguém leva a sério as provas que os últimos dias estão chegando. Mas irmãos e irmãs Deus não lhes abandonará...

O pastor falava sem parar, resolveu citar a bíblia todinha ali, do lado de Roberta, que não podendo mais agüentar resolveu dar um basta naquela situação.

– Deus preparou um lugar especial para todos nós, e no dia do juízo final...
– Escuta aqui. –começou ela – Sabia que nem todo mundo quer escutar o que o senhor tem a dizer?

O pastor escutou o que Roberta falara com muito espanto, como se nunca tivesse sido interrompido antes. Recuperado do susto, mas agora chateado ele falou:

– A senhora é muito mal educada.
– Eu? É muito engraçado, a gente vem cansada, louca pra chegar em casa e ainda tem que agüentar esse monte de baboseira de que o mundo vai se acabar. Até aonde eu sei, faz tempo que o mundo tá pra acabar, seria melhor que acabasse de uma vez, pelo menos eu não teria que ficar ouvindo essas besteiras.
– Blasfêmia, blasfêmia contra a Palavra do Senhor! Você não será salva, irmã, a não ser que queira, mas eu sei que Deus está disposto a lhe perdoar e perdoar todos os seus pecados é só você se arrepender.

A briga dos dois tinha virado a atração principal do ônibus, até o cobrador olhava de longe para ver no que ia acontecer, o motorista apenas escutava de onde estava.

– Era só o que me faltava, um maluco bem aqui do meu lado.
– Muitos serão considerados malucos, porque no mundo onde se vive hoje ninguém mais acredita na palavra e quem acredita não é levado a sério, mas Deus sabe e conhece o coração de todo mundo...
– Isso só pode ser castigo, eu devo ter jogado pedra na cruz numa vida passada.
– Não existe vida passada. – Retrucou o pastor. – E tenho certeza que quem me colocou do seu lado hoje neste ônibus – dizia ele, apontando o dedo para cima e o sacudindo, na outra mão ele segurava a bíblia que às vezes abria e depois fechava – foi Deus. Deus me colocou ao seu lado, minha irmã, e sabe por quê?
– Não, por quê? – Indagou ela, com visível desinteresse.
– Porque só Ele sabe as dores que te afligem, só Ele sabe o que passa dentro de ti e só Ele pode te dá o conforte que você precisa. Ninguém mais. Por isso eu lhe pergunto irmã: Tem algo lhe afligindo?

Roberta pensou um pouco, suspirou fundo e disse:

– Tem sim. – Disse aos prantos. – A minha vida, a minha vida não vale nada, eu sempre perco as coisas que eu amo, meu namorado, meu emprego, tudinho.
– Então dê graças pelo que você perde irmã, porque Deus lhe dará em dobro.
– Ah é?
– É claro, porque só Deus te ama de verdade. Mas para isso você precisa aceitar Jesus. Você aceita Jesus, irmã? – Gritou ele.

Dentro do ônibus o silêncio era total, todas aguardavam a resposta, todos queriam saber se ela aceitaria ou não, era uma proposta difícil, mas quem sabe? Era algo que só dependia dela. Ela abriu a boca devagarzinho e todos seguraram a respiração, mas ela fechou novamente sem falar nada, todos soltaram à respiração. Mais uma vez ela abriu a boca.

– Sim, eu aceito Jesus. – Disse ela para a vibração de todos que aguardavam ansiosamente, muitos tinham se levantado, a maioria batia palma, alguns se abraçavam, outros gritavam viva.
– Não ouvi, mais alto: você aceita Jesus irmã?
– Sim, eu aceito. – Gritou ela
– Muito bem, então tome este cartãozinho é onde fica a minha igreja, estarei esperando por você. – Ela pegou o cartão e o guardou na sua bolsa.

O final da viagem seguiu tranqüila e silenciosa, o pastor após ter convertido Roberta parecia satisfeito e não falara mais nada para alivio e alegria do restante dos passageiros que tinham feito uma corrente para que ele convertesse alguém e calasse a boca, só assim seguiria viagem em silêncio, afinal estavam todos cansados e só queriam chegar em casa logo.

Por Hévilla Wanderley

Em dia de goleiro não há goleadas


O segundo dia de jogos começou bem cedo, Coréia do Sul e Grécia entraram em campo às 8h30 (horário de Brasília) para jogarem a pior partida até aqui, não que já se tenha muitos jogos, mas isso não isenta a pontaria ruim dos coreanos, apesar de ser uma equipe até arrumadinha, e a péssima defesa da Grécia. Esta última nunca marcou um gol em copas do mundo, e pelo que parece, continua tentando o mesmo neste Mundial.

Por isso mesmo a Coréia venceu sem grandes dificuldades. 2 a 0 foi o placar final do jogo. Os gols foram marcados aos 7 minutos do primeiro e do segundo tempo, o último marcado pelo “craque” do time, Ji-Sung Park, jogador do Manchester United.
Este placar deu à Coréia a ponta do grupo B, já que a principal candidata para liderança, a seleção argentina, ganhou da Nigéria com um magro 1 a 0. O melhor jogo da copa até aqui contou com muitas chances de gol, 29 no total, 20 para os hermanos, no qual sete foram diretos no gol.

Messi, atual melhor jogador do mundo foi quem mais brilhou pela Argentina: driblou, chutou a gol e se movimentou como só faz no Barcelona, quer dizer, ainda não tem bem como no Barcelona, mas já é um começo para amenizar um pouco as criticas que são feitas por causa da diferença do seu desempenho nas duas equipes. Mas, e sempre tem um mas, hoje foi dia de Enyeama. O goleiro nigeriano fez defesas inacreditáveis, parou o craque argentino como poucos fizeram essa temporada, ou seja, só Julio César.

Porém o que Messi não conseguiu insistentemente fazer, Heinze o fez e de cabeça. Aos 6 minutos do primeiro tempo o "gringo sagrado", como é chamado carinhosamente em seu país marcou o único gol do jogo.

Para terminar o dia, aconteceu o primeiro jogo do grupo C, que foi entre Inglaterra e Estados Unidos. Com ameaças de Al Qaeda de um ataque terrorista, o jogo teve a segurança mais reforçada da competição. Mas felizmente nada aconteceu. Fora de campo, porque dentro...

A Inglaterra abriu o placar logo aos 4 minutos do primeiro tempo, Rooney, passou para Heskey, que tocou para Gerrard, e o capitão do English Team concluiu depois desta bela triangulação. Os norte-americanos montaram um paredão na defesa, ficaram mais tempo com a posse de bola e usaram as bolas levantadas na área como principal arma de ataque.

Mas o empate não veio da cabeça, e por ironia, nem dos pés de nenhum jogador dos Estados Unidos, mas das belas mãos do goleiro inglês Robert Green. Se for verdade o que o ditado diz, “o primeiro frangaço da copa a gente nunca esquece”, principalmente se este for o motivo para a não vitória de sua equipe.

Os últimos 45 minutos começaram e terminaram de forma bem equilibrada, a Inglaterra chegou a ocupar o campo adversário no começo, depois o jogador americano Altidore acertou um balaço na trave de Green, provando que algumas traves são mais competentes do que certos goleiros. E bem no finzinho, o time da terra da rainha ainda conseguiu chegar com perigo na área adversária, mas parou na competência do goleiro americano Howard, provando que hoje foi o dia dos goleiros e não das goleadas.

Por Hévilla Wanderley

11 de junho de 2010

Um equilíbrio espetacular

Depois de quatro anos espera, o mundo volta a parar e se concentrar no maior torneio de seleções do planeta. Exatamente, a Copa do Mundo de Futebol começou. Parece estúpido repetir o que todo mundo sabe, afinal, se você não saiu do planeta nos últimos meses, com certeza está ciente disso, de que todos os olhos estão e estarão voltados para o continente africano durante este mês, mas precisamente, o extremo sul da África.

México, equipe mais técnica que a sul-africana, porém com torcida menor

E por falar em África, em futebol, por que não incluir o México nessa conversa e também o jogo de abertura? Foi um bom jogo, dentro do esperado, nem mais, nem menos. Duas equipes equilibradas, o México até conta com jogadores mais técnicos do que a África do Sul, mas esta conta com mais torcida e “vuvuzelas” do que o México.

O primeiro tempo começou com total domínio do México, com toques precisos, marcação na saída de bola e quando possível, rapidez no contra-ataque. Giovani dos Santos foi o principal nome do time, o ponta direita além de se movimentar bastante durante o jogo, principalmente no primeiro tempo, ainda fez cinco desarmes. Nos primeiros minutos a África chegava raramente ao ataque e quase não apresentava riscos. O jogo só se tornou mais equilibrado depois dos trinta minutos iniciais.

Com o jogo mais movimentado, os jogadores sul-africanos começaram a se destacar Dikgacoi (nome fácil de pronunciar) do Fulhan, na saída de bola e Pienaar do Everton na armação das jogadas, fazendo o desempenho da África melhorar, mas não o suficiente. Somente no finalzinho do primeiro tempo a seleção sul-africana coloca pressão na equipe mexicana ao cobrar uma série de escanteios.

O começo do segundo tempo o jogo se tornou mais equilibrado e com mais espaços, os dois times já não estavam tão cautelosos, nem tão ansiosos como aparentavam no primeiro tempo. Principalmente a África do Sul, que antes acuada pelo México, foi ao ataque sem medo. E para a alegria do técnico Parreira, abriu o placar aos oito minutos com Tshabalala (não vou implicar com esse nome porque eu consigo pronunciá-lo). O México voltou a pressionar, mas sem a mesma velocidade e precisão do primeiro tempo, a África do Sul era mais perigosa e ainda desperdiçou duas chances de gol.

O mesmo não fez Rafa Marquez do México, após um cruzamento na área aos 32 minutos, o zagueiro dominou e mandou a bola para o fundo das redes, igualando o placar e calando as vuvuzelas, a África ainda perdeu a chance de vencer com Mphela no finalzinho do jogo, mas terminou assim mesmo, empatado em 1 a 1.

África do Sul, anfitriã da Copa este ano

Mas África do Sul e México não fizeram o único jogo do dia, ainda abrindo a primeira rodada, o Uruguai dos Diegos Forlan e Lugano, estreou hoje contra a nossa querida França, sempre lembrada pelas vitórias em cima do Brasil, pela mão classificatória do Henry e de vez em quando, pelo futebol, que convenhamos, de uns tempos para cá é tão bom como a sanidade do seu treinador Domenech.

O segundo jogo do dia começou mais movimentado e aberto do que o primeiro. Quem esperava uma França muito desorganizada, viu uma seleção com mais volume de jogo do que o habitual e criando as melhores oportunidades da partida. No meio do segundo tempo os dois times buscaram mais o ataque, o que obrigou os seus goleiros a fazerem grandes defesas. O Uruguai passou a maior parte do tempo se defendendo e tentando sair no contra-ataque.

No segundo tempo, a partida foi mais truncada, o jogo se desenvolveu no meio de campo, ou melhor dizendo: não se desenvolveu, parou no meio de campo. O jogo por alguns minutos pareceu que seria melhor do que o primeiro, mas os indícios eram falsos, como um falso profeta. E o Saldo: muitas faltas, muitos cartões amarelos e uma expulsão. Lodeiro foi exatamente aquele jogador que entra no segundo tempo, só para ser expulso, passou cerca de 18 minutos em campo. Ele tinha entrado no lugar de Gonzalez, jogador premiado com promoção: Assista ao jogo dentro de campo!

Mesmo com a expulsão, o jogo não melhorou, ficou pior. O Uruguai se fechou inteiro e a França usou como recurso bolas alçadas na área e também a bola parada. Mas nada que tirasse o 0 a 0 do placar.

O primeiro dia da copa começou como o esperado, o grupo mais equilibrado na teoria, provou que também o é na prática. Agora só nos resta esperar os outros jogos, os outros grupos e torcer, não por um time em especial, mas pelo pobre bom futebol, que ele apareça logo.

Por Hévilla Wanderley

Cássio Cunha Lima - Candidatura rejeitada até pela natureza!

A maré da má fase continua perseguindo o ex-governador da Paraíba, Cassio Cunha Lima. Na última sexta-feira (4), durante uma entrevista para a TV UOL, o qual falava às vésperas da abertura do São João de Campina Grande, "O Maior São João do Mundo", um raio atingiu a rádio Campina FM 93,1, e interrompe a entrevista do ex-governador. Passado o susto, o ex-governador paraibano continuou sua entrevista e, ainda no escuro, a TV UOL conversou também com pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra.

A parte mais engraçada de tudo isso foi como a equipe da rádio encarou o imprevisto com bom humor e anunciou: "é o pipoco de São João!", mesmo com o prejuízo estimado em R$ 20 mil reais.

Veja o vídeo



Por: Alberto Adonias
Créditos: ClickPb

10 de junho de 2010

Projeto IRRADIAR



Em julho, na Estação Energisa, em João Pessoa, acontecerá o Projeto IRRADIAR, realizado pelo grupo Tempo Glauber. Já tendo passado por vários estados brasileiros, o projeto chega à capital paraibana com cinco oficinas, que têm como objetivo dar base e treinamento a escritores, cineastas e estudantes de audiovisual.

Tem o apoio do Ministério da Cultura, a principal meta é democratizar o conhecimento na área do audiovisual para o público em geral, através de palestras envolvendo roteiro e produção de conteúdos da área.

Para mais informações e inscrição, acesse o hotsite, na imagem abaixo.

Vagas limitadas.
E aí, vai perder essa?

Por Equipe Influenza

5 de junho de 2010

Profissão de Risco

Que uma mulher é um ser engraçado, ninguém duvida, mas uma mulher em uma loja de roupas chega a ser aterrorizante... para o vendedor.

– Não, essa não. Aquela. – fala Clotilde, apontando para uma blusa de bolinhas que está no manequim.
– Essa a senhora já provou e disse que não ficou bem, não se lembra? – pergunta o vendedor paciente.
– Mas essa é diferente. Não vê que ela é maior, aquela outra me deixava mais gorda. – explica a senhora que aparenta ter uns quarenta anos e está um pouco fora de forma.

Pacientemente o vendedor tira a blusa do manequim e entrega para Dona Clotilde, que a coloca embaixo do braço e sai para o provador. Meia hora depois ela volta. Então, o vendedor pergunta:

– Como ficou?
– Péssima! Essa me deixou mais gorda do que a outra.

“É porque a senhora é gorda!”, pensou o pobre vendedor, mas nada disse. Ele analisou a situação e perguntou se ela não preferia um pretinho básico. Preto sempre deixava as pessoas mais magras. Ela aceitou a proposta e começou mais uma busca do vendedor, agora por blusas pretas.

– Não gostei dessa, ela é muito decotada. Essa também não, a malha é muito fina, o inverno tá chegando, sabia? Vou experimentar essa. – Disse ela, segurando uma de gola e mangas compridas, saindo novamente para o provador.
– E então? – Disse o vendedor assim que avistou a senhora sair do provador, rezando para que tudo terminasse logo.
– Ficou perfeita! Você tinha toda razão meu filho, preto sempre nos deixa mais magra.
– Que bom! A senhora vai pagar no cartão ou...
– Espere um pouco.
– O quê, o que foi? – Perguntou o vendedor apreensivo. O medo começava a dominá-lo, suas mãos suavam, suas pernas tremiam e o coração disparado lembrava o dia que ele tinha conhecido os pais da primeira namorada.
– Estou pensando em levar uma calça também, o que acha?

“Que a senhora deveria ir embora!”, pensava ele, enquanto sorria amarelo para Dona Clotilde, que lhe devolvia o sorriso.

– Vamos, é por aqui que fica a seção das calças. Que tipo de calça a senhora quer?
– Não sei ainda.

O vendedor mostrou todas as calças que cabiam nela, de diversas cores e formatos, subiu prateleiras, foi buscar no estoque interno, andou pela loja, pediu informações ao gerente, mas nada, nenhuma conseguiu agradá-la.

– Sabe de uma coisa, meu filho? – Disse Dona Clotilde para o coitado do vendedor, que esperava um novo bombardeio. – Já que não tem nenhuma calça, acho que também não vou levar a blusa. Talvez um vestido fique bem em mim. Aonde fica a seção de vestidos mesmo?
– Já chega! – Gritou ele. Todos que estavam na loja ouviram e viraram para ver o que estava acontecendo, ele arrancou a blusa das mãos dela e a rasgou de cima a baixo. – E agora, cabe na senhora, não? – Ele rasgou mais uma vez e gritou. – E agora? – Jogou a blusa rasgada no chão pisou em cima, agora já não importava mais, seria demitido e sairia feliz, não atenderia mais ninguém nessa vida, nem a própria mãe.
– Meu filho – chamou a senhora – No que está pensando?
– Em nada, em nada. – Respondeu o vendedor, acordando do seu devaneio. – É por aqui, venha comigo.
– Você sabe dizer se tem algum de cor verde-mar? – Inquiriu ela, e o vendedor balançou a cabeça positivamente.
– Quem diz que um vendedor de loja não tem vida agitada é por que nunca atendeu uma mulher. – Disse ele baixinho.
– O que foi que disse, meu filho?
– Por aqui. Por aqui.

Por Hévilla Wanderley

4 de junho de 2010

As Eleições vêm aí

Se quisermos um País melhor, é melhor ficarmos de olhos bem abertos e não jogar nosso voto no lixo!


Neste ano eleitoral, nós possuímos um grande poder coletivo para mudar o quadro da política nacional. Já nos habituamos a falar mal da nossa política, mas na hora que temos o poder para fazer a diferença, através do voto, parece que nos esquecemos de lembrar daqueles que sempre apontamos como "errados".

Há pouco tempo foi criado o projeto de Lei Ficha Limpa (em tramitação no congresso), lei está que visa filtrar do congresso aqueles políticos que estiverem com os nomes sujos em processos sendo qual for à sua natureza, tendo como punição a proibição da sua candidatura.

Ao redor do mundo, a Internet vem se mostrando uma nova força política, uma forma de democratizar a política e criar novos canais de participação para a população. Se soubermos utilizar esta ferramenta, nossos políticos finalmente entenderão que se nós os elegemos, eles trabalham para nós.

Segue a lista dos parlamentares processados, por estado. Veja a relação, por bancada estadual, dos congressistas que respondem a algum tipo de processo ou inquérito no STF.


30 de maio de 2010

Com Lenine e Cabruêra, 13º Fenart chega ao fim na noite de sábado

Ao som do último trabalho de Lenine, “Labiata”, chegou ao fim o 13º Festival Nacional de Arte (Fenart) na noite deste sábado, no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa (PB). Promovido pelo Governo do Estado, através da Fundação Espaço Cultural da Paraiba (Funesc), a maratona de arte, cultura durou sete dias e apresentou mais de 160 atrações entre música, cultura popular, teatro, dança, cinema, artes visuais, literatura, palestras e workshops.

Para coroar o evento, Lenine subiu ao Palco 1 da Praça do Povo do espaço Cultural José Lins do Rego disposto a fazer o público cantar junto canções como ‘Marco Marciano’, ‘Último pôr do sol’ e ‘Martelo Bigorna’ estiveram presentes. A mescla complexa da música eletrônica e regional aliada ao universo da linguagem pop criou um estilo próprio e faz de Lenine uma exceção à regra do show business brasileiro.

Numa trajetória de 30 anos, ele selecionou para o público do Fenart canções como ‘Candeeiro encantado’, ‘A ponte’ e’ Jack Soul Brasileiro’. No bis, acompanhou o público cantando um de seus maiores sucessos, “Hoje eu quero sair só” e encerrou a apresentação ao som de “Leão do Norte”.

Antes de Lenine, subiu ao palco Beto Brito, o rabequeiro radicado na Paraíba que produz música de raiz com sotaque contemporâneo. E quem encerrou a noite foi a banda paraibana Cabruêra. Recém-chegada de um festival em Liverpool, na Inglaterra, a banda mostrou o show do disco “Visagem”, lançado em fevereiro deste ano.

Violonista Diego Figueiredo surpreende o público no Bangüê

Mais cedo, no Bangüê, o violonista Diego Figueiredo surpreendeu o público com um show de virtuosismo. Com o "Diego Figueiredo Trio", que é formado por ele, o baixista Eduardo Machado, e o baterista Marcos Sabino, apresentou músicas do seu último CD, "Vivência", lançado em 2009 pela gravadora Biscoito Fino, e também sucessos como "Samba de uma nota só", de Tom Jobim, e "Sampa", de Caetano Veloso.

A apresentação de Diego, que contou com a presença ilustre da cantora Glória Gadelha na platéia, começou por volta das 19h30 no Cine Banguê e durou uma hora e meia. O ápice foi quando o músico tocou "Carinhoso", de Pixinguinha, pedindo para que a público cantasse a música.

Em entrevista, o artista contou que havia acabado de voltar de Nova York, onde estava gravando um CD com a cantora francesa Cyrille Aime. Os dois foram ganhadores do prêmio de Montreau em 2007, ele na categoria guitarrista, e ela na categoria vocalista. O CD gravado pelos dois irá se chamar "Just two of us" e deverá ser lançado no Japão no mês de julho.

"Pretendo também lançar o CD ‘Vivências 2’ e tenho um disco de choro guardado, estou aguardando uma oportunidade para lançá-lo, mas quero que seja ainda esse ano. Além disso vou gravar um DVD em outubro e já está quase certa a participação de George Benson nele." revelou o músico, que tem um total de 12 CDs e três DVDs gravados.

Sobre a experiência de tocar em João Pessoa Diego explicou que já conhecia a cidade, pois já tinha vindo anteriormente por três ou quatro vezes acompanhando o músico Belchior, com quem tocava.

Mesa reúne jornalistas e Zuenir Ventura autografa livro

Zuenir Ventura, Marcela Sitônio, Jô Mazarollo e Gonzaga Rodrigues, mediados pelo professor Hildeberto Barbosa, conversaram sobre os problemas, os erros e acertos do jornalismo nos primeiros 10 anos da dita pós-modernidade.

Logo no início do debate, Hildeberto levou um trecho da apresentação de ‘1968: O Ano Que Não Terminou’ em o escritor Hélio Peregrino é citado. Zuenir se emocionou ao lembrar do amigo que o encorajou a terminar o livro e iria fazer o prefacio, mas morreu sem escrevê-lo.

Quem também se emocionou foi o veterano cronista paraibano Gonzaga Rodrigues, que também teve um trecho de seu livro lido pelo frofessor Hildeberto.

Zuenir defendeu o uso racional das tecnologias: “Devemos usá-las e não ser usado por elas”, advertiu. E aconselhou os estudantes presentes a não se deixarem deslumbrar por esse universo hi-tec.

Alunos e professores de Comunicação marcaram presença, além dos tradicionais curiosos do jornalismo. Foram abordadas as questões do tempo nas redações e das aflições causadas pelo imediatismo; do benefício que hoje a comunicação interativa trouxe, com a sociedade ‘em rede’ (já que antes sequer havia telefones celulares).

Foram discutidas, ainda, as questões sobre o diploma; a reformulação do curso de Jornalismo e sobre a revolução do lead, idéia que veio dos EUA depois da II Guerra (antes disso o jornalismo era mais subjetivo).

O ápice da discussão foram as histórias de bastidores sobre as inquietações próprias da profissão. Segundo Jô Mazarollo, um jornalista não deve perder a inquietude. E ilustrou a pauta lembrando Caco Barcellos, com que trabalhou na Rede Globo, sobre seu entusiasmo com a notícia.

Após o debate, Zuenir desceu a Praça do Povo, onde autografou o recém-lançado “Sobre o Tempo” (Editora Agir), fruto de um papo sobre a vida entre ele, o amigo e também escritor Luís Fernando Veríssimo e o jornalista Arthur Dapieve.

Estandes de HQs levam desenhistas renomados ao Fenart

Um grupo de artistas de histórias em quadrinhos passou pelo 13º Fenart. O Rascunho Studio de Artes Visuais trouxe Emir Ribeiro, o nome por trás da heroína Velta, além do desenhista da revista “Daughters of Merlin”, Edi Guedes; a desenhista e colorista de mangá, Lívia Pereira; o desenhista da revista “Penny for Your Soul”, J.B. Neto; e a desenhista de cartoon e mangá, Naara Andrade.

Já o grupo Made in PB trouxe os artistas Jack Herbert, Izaac Brito, Franciélio Alves e o famoso Mike Deodato Jr., desenhista da grande editora americana de quadrinhos Marvel Comics, por onde ilustrou personagens famosos como Homem-Aranha e X-men.

Todos eles fizeram desenhos autografados para o público presente na Praça do Povo, por volta das 19h. Os desenhistas ficaram produzindo ilustrações com dedicatórias por cerca de uma hora.

Gesto, do Rio, faz dobradinha com peça infantil e adulta

O grupo de teatro carioca Companhia do Gesto apresentou no sábado duas peças na programação do 13º Fenart. O espetáculo infantil "Maria Eugênia" trabalha sem falas, contando a história de dois amigos que modificam seu cotidiano reaproveitando lixo. A peça tem direção de Luís Igreja e foi apresentada à tarde no Teatro Paulo Pontes.

O espetáculo "A margem", da mesma companhia, também foi apresentado no Paulo Pontes, só que às 20h. "A margem" também tem direção de Luís Igreja, e é como uma versão para adultos de "Maria Eugênia". A peça também não tem falas e também conta a história de dois moradores de rua.

Mas essas não foram as únicas atrações de teatro nesse sábado. Às 18h houve apresentação do Projeto Ensaio com a peça "Incelença", da Companhia do Rosário, no Auditório Zé da Luz.

Site do Fenart 2010:
Fenart no Twitter:
Leia mais sobre o Espaço Cultural José Lins do Rego – www.funesc.com.br

29 de maio de 2010

XIII FENART: Show de Frejat - frenético e eletrizante

Foto: Deyse Plácido

O momento mais esperado da noite de ontem foi o show de Frejat. E digo logo de antemão, que foi muito, mas muito bom. Frejat e sua banda vieram no estilo mod, meio blues brothers, com calças e ternos pretos, alguns de gravata, umas gracinhas. O Espaço Cultural estava entupido de gente e o público cantou todo o repertório, que foi bem variado, contando com sucessos de Legião Urbana, Adriana Calcanhoto, Paralamas do Sucesso e outros nomes. E, é claro, não deixou de fora músicas como "Por você", "Homem não chora", "Puro Êxtase" e "Exagerado".


Foto: Deyse Plácido

Quem deu uma palhinha com ele foi a Renata Arruda, juntos cantaram "Malandragem", música que é composição do próprio Frejat e do eterno Cazuza. Uma parte da platéia, as meninas e os meninos-menina, gritavam "LINDOOOOOO, GOSTOSOOOOOOO", e ainda havia uma criatura ensandecida e sua trupe, bem atrás de mim, que queria a todo custo que Frejat cantasse uma determinada música e ela soltava aos berros, "CODINOME BEIJA-FLORRRRRRRRRRRRRR, CODINOME BEIJA-FLORRRRRRRRRRRR". E eu pensava, "putz, vou sair surda." Mas, graças a Deus, ela ficou BEM rouca, não conseguiu mas gritar, e eu pude aproveitar o resto do show feliz da vida!


Foto: Deyse Plácido

Tirando esses detalhes que são de praxe em todo show, a noite foi maravilhosa e a única coisa que deixou a desejar foi que ele podia ter cantando mais algumas muitas horas! Mas aí também já é pedir demais.

Por Deyse Plácido (@deyseplacido)

XIII FENART: Aplaudam o alheio

Infelizmente, parece que para nós, paraibanos, possamos assistir a uma performance teatral que faça sentir que o nosso dinheiro foi bem investido, precisamos esperar por algo de fora. Não estou aqui menosprezando a cultura paraibana, não. Porém, dai a César o que é de César. Não vou afirmar categoricamente que não existam bons espetáculos por aqui, pois estaria mentindo, mas acontece que estes existem em menor escala, numa desigual escala, se comparados aos do Sudeste, por exemplo. E alego desde já, o problema não é falta de talento dos nossos conterrâneos, mas a falta de importância e investimento voltados para essa área. Ou, porque não dizer, investimento mal direcionado.

Algumas pessoas, até mesmo aquelas responsáveis pelo desenvolvimento da educação e da cultura do nosso Estado, falam, equivocadamente, que não sabemos valorizar o que temos. Dizem que deixamos de valorizar o “nosso” para dar valor ao “alheio”. É uma maneira ignorante de se avaliar. Será que nós, assim como qualquer ser humano, não tendemos a gostar, a querer o melhor? Às vezes o que simplesmente não conseguem entender é que não somos obrigados a dar preferência ao “nosso”, quando este ainda carece de muita coisa, nos restando à alternativa de optar pelo “de fora”. Vejamos “Pastoril Profano”. É um grupo teatral, paraibano, que sempre atrai grande público. Mas, será mesmo que as pessoas só podem rir e se divertir com um tipo de comédia que recorre ao “pornográfico”? Não desmereço o talento dos atores, muito pelo contrário, até admiro o potencial de cada um deles e por isso afirmo que talvez eles pudessem render muito mais se investissem em outros estilos, além do costumeiro.

Falo tudo isso como uma forma de desabafo, ou, uma maneira de expor o meu descontentamento com os espetáculos originários daqui da Paraíba (não com todos é claro, mas com a maioria). Ao comparecer no FENART, na noite do dia 27 de maio, no Teatro Paulo Pontes, tive esta enorme vontade de comentar acerca desse tabu que diz: “Aprenda a valorizar sua cultura, não fique alienado à cultura Rio-São Paulo, não”. Poxa, quando os paraibanos saírem dassa postura defensiva e optarem por melhorarem, aí sim eles conseguirão ganhar mais adeptos e as salas de teatro estarão sempre cheias.

Procuramos fora o que não encontramos aqui, é simples. Eu, de fato, fiquei muito encantada com o que vi na noite passada. Um cenário magnífico, iluminação que não deixava a desejar. O espetáculo “Inveja dos Anjos”, do Armazém Cia. de Teatro, sob a direção de Paulo de Moraes (RJ), arrancou não apenas sorrisos, mas satisfação e encantamento de seus espectadores, que sequer viram a hora passar, falo isso como espectadora. A música, sempre que tocada, exprimia bem a emoção dos personagens e da cena como um todo. Por vezes tive a sensação de estar diante de outro mundo, era como se aquilo que estava bem em frente aos meus olhos realmente existisse. O espetáculo realmente conseguiu prender minha atenção, e suponho que a de todo o público, sem precisar usar de palavras de baixo calão o tempo inteiro. As cores, o som, a arte e a fantasia pairavam sobre aquele lugar, e isso sim é teatro.

Por Ysabelly Morais

28 de maio de 2010

Concerto “sanfônico” é ponto alto das homenagens à Sivuca no Fenart

Foi com emoção e beleza que a Orquestra Sinfônica Jovem, sob a regência do seu maestro titular Luiz Carlos Durier, fez um dos grandes momentos do Fenart 2010. Com um concerto de mais de uma hora, testemunhado por aproximadamente 8 mil pessoas (contando o fluxo de pessoas desde as 08h30, estima-se que 15 mil pessoas passaram pelo Fenart nesta quinta-feira), a Sinfônica Jovem mostrou obras de Arturo Marques (“Danzon n. 2”) Paulo Vanzolini (“Ronda”, com arranjo de Tom K) e Caetano Veloso (“Sampa” e “Alegria, alegria”, ambas arranjadas por Rogério Duprat).

A diversidade de estilo, no entanto, desaguou em um único nome: Sivuca. O grande homenageado da 13ª edição do Festival Nacional de Arte foi celebrado no palco da Sinfônica Jovem na noite desta quinta-feira com convidados que têm muita história com Sivuca para contar.

O primeiro desses convidados foi a compositora e letrista Glória Gadelha, companheira de Sivuca por 34 anos até sua morte, em dezembro de 2006. Glorinha, como é carinhosamente conhecida, subiu ao palco para cantar “A vida é uma festa” e “Amoroso coração” – a primeira parceria dela com Moraes Moreira, a segunda, só dela, presente no DVD “O Poeta do Som”, gravado em 2006.

Alternando números sinfônicos com os convidados, a OSPB mostrou exuberância revisitando o repertório do saudoso Severino de Oliveira. Depois de Glorinha, foi a vez do cearense Waldonys coroar músicas como “Quando me lembro” e o “Concerto sinfônico para Asa Branca”.

O paulista Toninho Ferragutti subiu ao palco em um dos momentos mais belos da noite. Tocou a belíssima “Aquariana”, seguido por “Rapsódia Gonzagueana”.

Dominguinhos, enfim, subiu ao palco e começou a dedilhar “João e Maria”. A plateia ovacionou imediatamente sobre os acordes da valsa composta por Sivuca e Chico Buarque e foi possível perceber que a plateia se emocionou. Na sequência, Dominguinhos puxou “Homenagem a Velha Guarda”, outro número do repertório de Sivuca, que assim como “João e Maria”, ganhou novo arranjo do maestro Rogério Borges.

Ao som do hino paraibano “Meu sublime torrão”, o concerto chegou ao fim. Ou quase. A surpresa da noite ficou por conta da volta de Waldonys, Ferragutti e Dominguinhos, que voltaram ao palco para, juntos, alinharem um pout-pourri de obras-primas nordestinas, emendando-o com “Eu só quero um xodó”, de Dominguinhos, com Glorinha Gadelha e até o maestro Durier nos vocais, encerrando o ponto alto das homenagens à Sivuca até agora.

Logo após o concerto, artistas paraibanos se revezaram no palco 2, entre eles Glorinha Gadelha, que subiu ao palco para mostrar seu trabalho autoral. Antes de Glorinha teve o show do grupo Nossa Voz e depois Clã Brasil. Diana Miranda encerrou a noite.

Cia. Armazém recebe aplausos de pé do teatro Paulo Pontes

O público se encantou. Lotado, o Teatro Paulo Pontes aplaudiu de pé "A Inveja dos Anjos", da Armazém Cia. de Teatro. O espetáculo levanta questões sobre a importância do passado que se faz presente através de retornos, da chegada de surpresas. No palco, personagens em conflito constante, sempre com certo humor, com a acidez que claramente provém de um grande desencanto.

Com 120 minutos de duração, "A Inveja dos Anjos" trouxe a João Pessoa o vigor da dramaturgia deste consagrado grupo carioca. Com atuações impecáveis, a Cia Armazém retornou ao Fenart num espetáculo com cuidado estético primoroso: figurinos de Rita Murtinho e cenografia da dupla Carla Berri e Paulo de Moraes, diretor do espetáculo. Ao fim, fica a afirmação: "quando tudo passa, alguém precisa ficar para contar a história".

Grupo de dança da Funesc apresentou espetáculo inédito

Às 20h, no palco 2 do Espaço Cultural, o coreógrafo e bailarino de Campina Grande, Admilson Julião apresentou seu solo de dança contemporânea intitulado “Fragmentos de Mim”. Meia-hora depois, o grupo de dança contemporânea da Funesc tomou conta do palco com o espetáculo “Foco”.

O grupo Dança Livre é dirigido por Zett Farias e a coreografia é da bailarina Lílian Farias, que também se apresentou neste novo espetáculo. A coreografia “Foco”, com cerca de 30 minutos, é inédita e foi cuidadosamente trabalhada para estrear no Fenart deste ano.

No cinema, foram exibidos o curta “O Plano do Cachorro”, seguido pelo premiado “Estrada Para Ythaca” e o professor e historiador José Octávio de Arruda Melo lançou “O (P)MDB na Paraíba” em evento concorrido.

Teatro, blues e cultura popular

A noite começou agitada no 13º Fenart essa quinta-feira. Às 18h começou a palestra Dimensão Estética, no Auditório 3, com Paulo Sérgio Duarte e Eduardo Jesus. Nesse mesmo horário teve início no Auditório José da Luz, a apresentação do espetáculo teatral do Projeto Ensaio: "Confissões de uma LDA", com direção de Patrícia Carvalho.

Também às 18h começou a noite instrumental do blues, no Cine Banguê, com o cantor paraibano Guto Santana e seu grupo Guto Jazz. Logo em seguida quem subiu ao palco foi o guitarrista baiano Álvaro Assmar.

Das 18h às 19h aconteceu na Praça do Povo o recital Alvorecer Nordestino, com o poeta Rodrigo Mateus. O objetivo da apresentação foi difundir a cultura popular de uma forma agradável e divertida.

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27 de maio de 2010

XIII FENART: Antônio Nóbrega encanta com seu show

Foto: Deyse Plácido
O show de Antônio Nóbrega, que aconteceu nesta quarta-feira, dia 26 de maio, foi o melhor do FENART até então. Entusiasmados do começo ao fim, um grande público era contagiado pelo carisma do cantor.

Nóbrega, que há pouco completou 58 anos, deixou muita gente mais nova no chinelo, não parava um só minuto de dançar aos pinotes e, com passos estilizados, mostrou-se um exímio bailarino. O ponto alto do show foi quando várias cirandas de roda eram formadas em meio à plateia, e até mesmo uma no centro do palco, com produtores e demais participantes da equipe organizadora do show.

A última música foi o conhecidíssimo frevo Vassourinhas, que fez a Praça do Povo, do Espaço Cultural, se transformar em um carnaval fora de época, com todo mundo cantando e dançando. Por fim, assim que Antônio Nóbrega deixou o palco, um grupo de jovens continuou cantando no ritmo de Vassourinhas com a letra um pouco diferente. "Doido é doido, doido é doido", repetia o grupo, aos brados.

O show foi muito bom, uma rica demonstração de cultura popular brasileira, muita ciranda, muito frevo, muita alegria, muito suor e muitos aplausos, a resposta do público não podia ser melhor.

Por Deyse Plácido

26 de maio de 2010

XII FENART: Marcelo Gomes em exibição de seu novo filme

 Foto: Deyse Plácido

O cineasta Marcelo Gomes, diretor do filme "Cinemas, Aspirinas e Urubus", divulga seu novo filme "Viajo porque preciso, volto porque te amo" durante o XIII FENART. Durante a entrevista, ele nos conta um pouco sobre como foi produzir um filme como este, fora do eixo Rio-São Paulo.

O filme mistura linguagem ficcional e documental. "O filme fala de uma história de amor, de uma forma diferente. A aceitação do público foi boa", diz Marcelo. Quando perguntado se o momento do filme referente ao desvio de um rio se referia à transposição de águas do Rio São Francisco, ele foi evasivo. "O desvio de rio seria uma forma de metáfora da relação amorosa do protagonista, que necessitava de uma mudança no curso." Entretanto, ele ainda discorre um pouco sobre sua opinião acerca da transposição. "Pelo meu pouco conhecimento ambiental, transpor um rio pode causar um desastre, afinal, nunca se sabe se o rio não secará antes do fim do processo", comenta.

Ele ainda revela que muito provavelmente "Viajo..." será exibido pelo Espaço UNIBANCO em João Pessoa, que será inaugurado em breve.

Por André Luiz Maia

João Bosco encanta João Pessoa com show impecável e sucessos da MPB

João Bosco é desses artistas que impressionam e você não consegue explicar muito bem porquê. Seu show, realizado na noite desta terça-feira no Fenart, é simples, como ir ao cinema no domingo, mas deixa impressões de bem-estar difíceis de apagar da memória. É de deixar a gente sem fala e sem chão, mas não como um arrebatamento instantâneo, que te deixa extasiado, parece mais um daqueles beijos roubados na infância, que mescla sentimentos simples e inocentes de quem está descobrindo-se, de um modo único e silencioso.

João Bosco tem a suavidade dos poetas tristes e a aspereza dos criadores de grandes metáforas. Normalmente, um compositor quer sempre mostrar as novidades. Já o público, quer ouvir o que já conhece. Mas o tal Bosco equilibrou-se entre o novo e o antigo, cantou Clube da Esquina (“Trem azul”), Gil (“A Paz”) e fez homenagens a si mesmo com seus sucessos (“Papel machê”, “O bêbado e o equilibrista”). Fez ambos os lados felizes.

No palco, falou que tudo que ele sabe sobre ritmo, aprendeu com Jackson do Pandeiro, assim como muitos músicos bons no país. Ele também mencionou que teve o prazer de gravar com o genial Sivuca em 1994. Em seguida, convidou a banda ao palco (depois de já ter tocado duas músicas sozinho no violão). A banda que se apresentou com João Bosco em João Pessoa foi formada por João Batista no baixo, Ricardo Silveira na guitarra e Kiko Freitas na bateria.

Sair de alma lavada após um show de (São) João Bosco é um bônus que nos livra do peso gorduroso dos programas de TV da terça-comum. Quem veio ao Espaço Cultural nesta terça-feira soube disso.

“Para tocar bem é preciso ouvir muita música”, diz Ney Conceição

“Para tocar bem é preciso ouvir muita música.” O conselho do contrabaixista Ney Conceição foi para os que querem tocar baixo, mas serve para qualquer instrumento. O músico, que tem como suas maiores influências João Donato, José Roberto Bertani, João Bosco e Dorival Caymmi, ministrou da tarde desta terça um workshop de contrabaixo no Fenart.

O auditório estava lotado. O público era formado em grande parte por admiradores de Ney Conceição, que aproveitaram a ocasião do workshop para conhecer o ídolo de perto, além de aprender com ele sobre o contrabaixo. Ao término da aula muitos se reuniram ao redor do músico para pedir autógrafos e tirar fotos.

Também havia muita gente ocupando as cadeiras do Teatro de Arena essa tarde para prestigiar o espetáculo de cultura popular “Boi de folia”, da Cia. Cênica de Mamulengos. O público era formado em sua maioria por estudantes da rede pública e também privada.

Paralelamente a esse evento acontecia também um debate no Auditório Verde sobre “Preservação e memória audiovisual”, com debatedores de várias partes do país, tendo como mediador o diretor executivo da  Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, João de Lima Gomes.

Ingressos para “Clowns” esgotam em minutos

A tarde terminou com cultura popular no 13º Fenart. Às 17h o grupo Armorial Cordas de Caroá Marco Di Aurélio se apresentou na Praça do Povo. Em seguida teve início um show de violeiros com Oliveira de Panelas, Sérgio Túlio e Afrânio Ramalho.

Às 18h começaram as apresentações de música instrumental no Cine Banguê com o Ney Conceição Trio, no qual o baixista Ney Conceição e o guitarrista paraibano Zé Filho se encontraram no palco. Depois foi a vez do Quarteto de Trombones subir ao palco.

À noite houve três apresentações de teatro. O espetáculo paraibano “Esparrela”, monólogo de Fernando Teixeira, foi apresentado às 18h no Teatro Paulo Pontes ao mesmo tempo em que acontecia a peça “Cordel em Retalhos”, do grupo Gruta, no Auditório Zé da Luz.

Às 20h, o Teatro Paulo Pontes recebeu o grupo Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, com a peça “O Capitão e a Sereia”. Baseada na obra de André Neves, a peça é encenada com o público em cima do palco, todos sentados ao redor dos atores. A sessão estava lotada, e os ingressos se esgotaram em minutos.

Música paraibana encerra a noite

A noite da terça-feira foi encerrada com as atrações musicais Regina Brown, Dida Fialho e Anay Claro. O show da cantora Regina Brown teve repertório eclético, no qual ela cantou uma música própria e outras de artistas como Lenine, Chico César e Herbert Vianna. Dida Fialho tocou um repertório basicamente autoral, enquanto Anay Claro privilegiou as músicas dos colegas da terra, com destaque para “Amor Hélio”, de Adeildo Vieira.

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25 de maio de 2010

XIII FENART: Coletiva com João Bosco

Foto: Ícaro Costa

O cantor, compositor e violonista João Bosco acaba de ceder entrevista coletiva à imprensa, na sala de assessoria de imprensa de FENART (vulgo capela da cidade cenográfica). Falando um pouco sobre Sivuca, suas inspirações musicais e sobre Vinícius de Moraes, o cantor, de maneira descontraída e bastante simples, respondeu algumas das questões levantadas pelos repórteres.


Foto: Deyse Plácido
A Equipe Influenza esteve lá e fez algumas perguntas à João. Quando perguntado sobre Vinícius de Moraes, João Bosco dispara: "tudo que eu sei, devo a Vinícius de Morais". Ele transpareceu empolgação ao falar sobre Vinícius, como também sobre Yamandú Custa, violonista que se apresentará amanhã no Fenart.


Foto: Deyse Plácido
Durante a entrevista, ele fala que acha bonito quem determina um ponto de onde todas as inspirações surgem, de onde a música vem, citando Jackson do Pandeiro. Para finalizar, ao ser perguntado pelo Influenza de onde vem e para onde vai sua música, ele responde, irreverente. "Não sei, se alguém souber, por favor me avisem!", arancando risadas dos repórteres!


Abaixo, uma foto do show, que está acontecendo neste exato momento:
Foto: Deyse Plácido

Até então, o show vem entusiasmando a plateia, a cada música, arrancando gritos e aplausos.

XIII FENART: Influenza entrevista Jessier Quirino

Ontem, dia 24, entrevistamos Jessier Quirino. O famoso poeta, mais conhecido como humorista, que incorpora o sotaque do típico nordestino do Sertão em seus textos, concede um minutinho de sua agenda para falar aos blogueiros do Influenza!


Influenza: Como você se sentiu ao ser entrevistado por Jô Soares?
Jessier Quirino: A princípio, eu fiquei um pouco assustado. A expectativa era grande, muita tensão porque eu estava diante de um grande mestre, uma produção lá em cima, com cinco produtores, e eu “a pé”, lá embaixo. Mas eu acho que os produtores me incentivaram logo no começo, e a entrevista, prevista para 30 minutos, durou 33, e na edição final, ficou com 29, então eu acho que o resultado foi bom!

Influenza: Você é formado em Arquitetura pela UFPB. Como foi o processo de migração para o humor?
Jessier Quirino: Na realidade, eu não diria humor, mas sim poesia. O meu trabalho é poesia, aonde incorporamos a linguagem bem-humorada do matuto. Antes de surgir o poeta, surgiu o declamador, colocando a força e a inflexão na fala brejeira, caririzeira, sertaneja. Faço um personagem, cada vez que subo no palco. Eu uso isso como artifício para disfarçar a minha timidez, coisa que vem desde a minha infância.

Influenza: E como foi participar da minissérie “A Pedra Do Reino”, de Ariano Suassuna?
Jessier Quirino: Foi uma surpresa. Eu não tenho nenhuma formação teatral. Me surpreendi possivelmente, pois estava diante de uma produção gigantesca, cerca de 370 pessoas, dentro de um território caririzeiro, fazendo a gravação de uma obra magnífica do mestre Ariano, e isso foi um orgulho muito grande.

Influenza: Agradecemos a entrevista, e só para finalizar, pedimos para você mandar um recado para os blogueiros do Click Influenza!
Jessier Quirino: Aos blogueiros do Click Influenza, um abraço forte feito leite de jumenta preta, um abraço fofo feito areia de formigueiro e um abraço arrochado feito abraço de jibóia!