11 de junho de 2010

Um equilíbrio espetacular

Depois de quatro anos espera, o mundo volta a parar e se concentrar no maior torneio de seleções do planeta. Exatamente, a Copa do Mundo de Futebol começou. Parece estúpido repetir o que todo mundo sabe, afinal, se você não saiu do planeta nos últimos meses, com certeza está ciente disso, de que todos os olhos estão e estarão voltados para o continente africano durante este mês, mas precisamente, o extremo sul da África.

México, equipe mais técnica que a sul-africana, porém com torcida menor

E por falar em África, em futebol, por que não incluir o México nessa conversa e também o jogo de abertura? Foi um bom jogo, dentro do esperado, nem mais, nem menos. Duas equipes equilibradas, o México até conta com jogadores mais técnicos do que a África do Sul, mas esta conta com mais torcida e “vuvuzelas” do que o México.

O primeiro tempo começou com total domínio do México, com toques precisos, marcação na saída de bola e quando possível, rapidez no contra-ataque. Giovani dos Santos foi o principal nome do time, o ponta direita além de se movimentar bastante durante o jogo, principalmente no primeiro tempo, ainda fez cinco desarmes. Nos primeiros minutos a África chegava raramente ao ataque e quase não apresentava riscos. O jogo só se tornou mais equilibrado depois dos trinta minutos iniciais.

Com o jogo mais movimentado, os jogadores sul-africanos começaram a se destacar Dikgacoi (nome fácil de pronunciar) do Fulhan, na saída de bola e Pienaar do Everton na armação das jogadas, fazendo o desempenho da África melhorar, mas não o suficiente. Somente no finalzinho do primeiro tempo a seleção sul-africana coloca pressão na equipe mexicana ao cobrar uma série de escanteios.

O começo do segundo tempo o jogo se tornou mais equilibrado e com mais espaços, os dois times já não estavam tão cautelosos, nem tão ansiosos como aparentavam no primeiro tempo. Principalmente a África do Sul, que antes acuada pelo México, foi ao ataque sem medo. E para a alegria do técnico Parreira, abriu o placar aos oito minutos com Tshabalala (não vou implicar com esse nome porque eu consigo pronunciá-lo). O México voltou a pressionar, mas sem a mesma velocidade e precisão do primeiro tempo, a África do Sul era mais perigosa e ainda desperdiçou duas chances de gol.

O mesmo não fez Rafa Marquez do México, após um cruzamento na área aos 32 minutos, o zagueiro dominou e mandou a bola para o fundo das redes, igualando o placar e calando as vuvuzelas, a África ainda perdeu a chance de vencer com Mphela no finalzinho do jogo, mas terminou assim mesmo, empatado em 1 a 1.

África do Sul, anfitriã da Copa este ano

Mas África do Sul e México não fizeram o único jogo do dia, ainda abrindo a primeira rodada, o Uruguai dos Diegos Forlan e Lugano, estreou hoje contra a nossa querida França, sempre lembrada pelas vitórias em cima do Brasil, pela mão classificatória do Henry e de vez em quando, pelo futebol, que convenhamos, de uns tempos para cá é tão bom como a sanidade do seu treinador Domenech.

O segundo jogo do dia começou mais movimentado e aberto do que o primeiro. Quem esperava uma França muito desorganizada, viu uma seleção com mais volume de jogo do que o habitual e criando as melhores oportunidades da partida. No meio do segundo tempo os dois times buscaram mais o ataque, o que obrigou os seus goleiros a fazerem grandes defesas. O Uruguai passou a maior parte do tempo se defendendo e tentando sair no contra-ataque.

No segundo tempo, a partida foi mais truncada, o jogo se desenvolveu no meio de campo, ou melhor dizendo: não se desenvolveu, parou no meio de campo. O jogo por alguns minutos pareceu que seria melhor do que o primeiro, mas os indícios eram falsos, como um falso profeta. E o Saldo: muitas faltas, muitos cartões amarelos e uma expulsão. Lodeiro foi exatamente aquele jogador que entra no segundo tempo, só para ser expulso, passou cerca de 18 minutos em campo. Ele tinha entrado no lugar de Gonzalez, jogador premiado com promoção: Assista ao jogo dentro de campo!

Mesmo com a expulsão, o jogo não melhorou, ficou pior. O Uruguai se fechou inteiro e a França usou como recurso bolas alçadas na área e também a bola parada. Mas nada que tirasse o 0 a 0 do placar.

O primeiro dia da copa começou como o esperado, o grupo mais equilibrado na teoria, provou que também o é na prática. Agora só nos resta esperar os outros jogos, os outros grupos e torcer, não por um time em especial, mas pelo pobre bom futebol, que ele apareça logo.

Por Hévilla Wanderley

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