26 de maio de 2010

João Bosco encanta João Pessoa com show impecável e sucessos da MPB

João Bosco é desses artistas que impressionam e você não consegue explicar muito bem porquê. Seu show, realizado na noite desta terça-feira no Fenart, é simples, como ir ao cinema no domingo, mas deixa impressões de bem-estar difíceis de apagar da memória. É de deixar a gente sem fala e sem chão, mas não como um arrebatamento instantâneo, que te deixa extasiado, parece mais um daqueles beijos roubados na infância, que mescla sentimentos simples e inocentes de quem está descobrindo-se, de um modo único e silencioso.

João Bosco tem a suavidade dos poetas tristes e a aspereza dos criadores de grandes metáforas. Normalmente, um compositor quer sempre mostrar as novidades. Já o público, quer ouvir o que já conhece. Mas o tal Bosco equilibrou-se entre o novo e o antigo, cantou Clube da Esquina (“Trem azul”), Gil (“A Paz”) e fez homenagens a si mesmo com seus sucessos (“Papel machê”, “O bêbado e o equilibrista”). Fez ambos os lados felizes.

No palco, falou que tudo que ele sabe sobre ritmo, aprendeu com Jackson do Pandeiro, assim como muitos músicos bons no país. Ele também mencionou que teve o prazer de gravar com o genial Sivuca em 1994. Em seguida, convidou a banda ao palco (depois de já ter tocado duas músicas sozinho no violão). A banda que se apresentou com João Bosco em João Pessoa foi formada por João Batista no baixo, Ricardo Silveira na guitarra e Kiko Freitas na bateria.

Sair de alma lavada após um show de (São) João Bosco é um bônus que nos livra do peso gorduroso dos programas de TV da terça-comum. Quem veio ao Espaço Cultural nesta terça-feira soube disso.

“Para tocar bem é preciso ouvir muita música”, diz Ney Conceição

“Para tocar bem é preciso ouvir muita música.” O conselho do contrabaixista Ney Conceição foi para os que querem tocar baixo, mas serve para qualquer instrumento. O músico, que tem como suas maiores influências João Donato, José Roberto Bertani, João Bosco e Dorival Caymmi, ministrou da tarde desta terça um workshop de contrabaixo no Fenart.

O auditório estava lotado. O público era formado em grande parte por admiradores de Ney Conceição, que aproveitaram a ocasião do workshop para conhecer o ídolo de perto, além de aprender com ele sobre o contrabaixo. Ao término da aula muitos se reuniram ao redor do músico para pedir autógrafos e tirar fotos.

Também havia muita gente ocupando as cadeiras do Teatro de Arena essa tarde para prestigiar o espetáculo de cultura popular “Boi de folia”, da Cia. Cênica de Mamulengos. O público era formado em sua maioria por estudantes da rede pública e também privada.

Paralelamente a esse evento acontecia também um debate no Auditório Verde sobre “Preservação e memória audiovisual”, com debatedores de várias partes do país, tendo como mediador o diretor executivo da  Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, João de Lima Gomes.

Ingressos para “Clowns” esgotam em minutos

A tarde terminou com cultura popular no 13º Fenart. Às 17h o grupo Armorial Cordas de Caroá Marco Di Aurélio se apresentou na Praça do Povo. Em seguida teve início um show de violeiros com Oliveira de Panelas, Sérgio Túlio e Afrânio Ramalho.

Às 18h começaram as apresentações de música instrumental no Cine Banguê com o Ney Conceição Trio, no qual o baixista Ney Conceição e o guitarrista paraibano Zé Filho se encontraram no palco. Depois foi a vez do Quarteto de Trombones subir ao palco.

À noite houve três apresentações de teatro. O espetáculo paraibano “Esparrela”, monólogo de Fernando Teixeira, foi apresentado às 18h no Teatro Paulo Pontes ao mesmo tempo em que acontecia a peça “Cordel em Retalhos”, do grupo Gruta, no Auditório Zé da Luz.

Às 20h, o Teatro Paulo Pontes recebeu o grupo Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, com a peça “O Capitão e a Sereia”. Baseada na obra de André Neves, a peça é encenada com o público em cima do palco, todos sentados ao redor dos atores. A sessão estava lotada, e os ingressos se esgotaram em minutos.

Música paraibana encerra a noite

A noite da terça-feira foi encerrada com as atrações musicais Regina Brown, Dida Fialho e Anay Claro. O show da cantora Regina Brown teve repertório eclético, no qual ela cantou uma música própria e outras de artistas como Lenine, Chico César e Herbert Vianna. Dida Fialho tocou um repertório basicamente autoral, enquanto Anay Claro privilegiou as músicas dos colegas da terra, com destaque para “Amor Hélio”, de Adeildo Vieira.

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João Pessoa - PB
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